A crueldade de que se é capaz
Deixar pra trás os corações partidos
Contra as armas do ciúme tão mortais
A submissão às vezes é um abrigo
Saber amar é saber deixar
Alguém te amar
Há quem não veja a onda onde ela
E nada contra o rio
Todas as formas de se controlar alguém
Só trazem um amor vazio
Saber amar é saber deixar
Alguém te amar
O amor te escapa entre os dedos
E o tempo escorre pelas mãos
O sol já vai se pôr
no mar.
Saber Amar (Paralamas do Sucesso)
terça-feira, 26 de outubro de 2010
sábado, 23 de outubro de 2010
só....
Hoje é apenas mais um dia como os outros...Um dia sem tirar nem por...triste por sinal...
Hoje e um dia em que me sinto afastada de tudo o que quero, é dia de me sentir sozinha e impotente. Este dia parece infindável, parece ter vida para além de mim. Este dia prolonga-se persistentemente enquanto ironiza com o meu desespero.
Sim sinto-me só. Qual é o mal de hoje sentir-me só mesmo que por onde quer que passe encontre muita gente?
Encontro uma folha de papel num caderno perdido algures no meu quarto....Encontro por fim uma janela de luz. Este caderno é o meu confidente , a folha o meu muro de lamentações. Esta caneta é a ponte que encontro entre a dor que sinto e a coragem que não tenho para contar a quem quer que seja.
Sinto que perdi a minha essência, o meu brilho,não sei quem sou realmente ou quando deixei de me ser...
Tenho vontade de me revoltar contra a fonte do meu sofrimento, de ir embora para um lugar onde já não me sinta sozinha mesmo não tendo ninguém comigo...
A solidão não é feita de falta de companhia, solidão não é não ter com quem falar... Estar só é ser invisível num lugar onde vejo toda a gente ... Gente que nem tenta ver-me, nem pensa entender-me ou perguntar-me o que faço aqui... Estar só é não ter laços que me unam ao mundo dos visíveis... Sinto-me só na minha caixa misteriosa de ilusionista... Estou só porque não sei fazer-me acompanhar de gente que veja os meus cabelos, os meus olhos, os meus dentes, o meu verdadeiro ser...De gente que sinta o vazio que posso deixar se estiver ausente do espaço que pertenço...
Não me rodeio de gente que saiba ouvir o que o meu pensamento murmura ou que não ignore o que os meus olhos gritam...
Mas por mais que grite não há quem escute.
Hoje e um dia em que me sinto afastada de tudo o que quero, é dia de me sentir sozinha e impotente. Este dia parece infindável, parece ter vida para além de mim. Este dia prolonga-se persistentemente enquanto ironiza com o meu desespero.
Sim sinto-me só. Qual é o mal de hoje sentir-me só mesmo que por onde quer que passe encontre muita gente?
Encontro uma folha de papel num caderno perdido algures no meu quarto....Encontro por fim uma janela de luz. Este caderno é o meu confidente , a folha o meu muro de lamentações. Esta caneta é a ponte que encontro entre a dor que sinto e a coragem que não tenho para contar a quem quer que seja.
Sinto que perdi a minha essência, o meu brilho,não sei quem sou realmente ou quando deixei de me ser...
Tenho vontade de me revoltar contra a fonte do meu sofrimento, de ir embora para um lugar onde já não me sinta sozinha mesmo não tendo ninguém comigo...
A solidão não é feita de falta de companhia, solidão não é não ter com quem falar... Estar só é ser invisível num lugar onde vejo toda a gente ... Gente que nem tenta ver-me, nem pensa entender-me ou perguntar-me o que faço aqui... Estar só é não ter laços que me unam ao mundo dos visíveis... Sinto-me só na minha caixa misteriosa de ilusionista... Estou só porque não sei fazer-me acompanhar de gente que veja os meus cabelos, os meus olhos, os meus dentes, o meu verdadeiro ser...De gente que sinta o vazio que posso deixar se estiver ausente do espaço que pertenço...
Não me rodeio de gente que saiba ouvir o que o meu pensamento murmura ou que não ignore o que os meus olhos gritam...
Mas por mais que grite não há quem escute.
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
21:38
E se todos os relógios do mundo
Parassem agora
Se todas as pessoas
Ficassem imóveis
Ao ver-nos passar...
Se não existisse distância
Nem tempo
Uma vez que parou
Como se nada nos pudesse separar
Jamais mesmo que persistisse
Agradeceria então
Por permaneceres...
Parassem agora
Se todas as pessoas
Ficassem imóveis
Ao ver-nos passar...
Se não existisse distância
Nem tempo
Uma vez que parou
Como se nada nos pudesse separar
Jamais mesmo que persistisse
Agradeceria então
Por permaneceres...
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Volta sempre...
Certo dia acordei e abri a janela do meu quarto...Um vento louco despenteou-me os cabelos e echeu de secura os meus lábios. Eu, procurando entender o porquê da sua chegada, perguntei-lhe quem era. Ele, com um brilho nos olhos respondeu: - Sou a saudade.
Eu fiquei surpresa, pedi para ficar e me explicar por que me invade todas as manhãs e por que vigia os meus sonhos todas as noites. Olhou para mim, para o infinito nos meus olhos e depois perdeu-se com o olhar no vazio... Disse-me meio receosa que não me abandona nem por um minuto porque ordens superiores a impedem. Explicou-me que mora nos corações de quem sente amor, mesmo nos de quem tenta ser frio e insensível. Segundo ela, a sua tarefa não é nada fácil pois é obrigada a fazer derramar muitas lágrimas e a trazer muita angústia.
Então eu olhei-a nos olhos e sorri enquanto mil lágrimas ameaçavam percorrer too o meu rosto e disse-lhe:
- A mim não me angustias, embora me faças chorar...Permaneces no meu coração, conservando as memórias de quem nele viveu...
Ela sorriu e, furtivamente olhou para o relógio. Perguntei-lhe se tinha algum encontro marcado com destino ou o amor, mas ela abanou a cabeça negativamente...
Despediu-se dizendo que ainda tem muitos corações para invadir logo pela manhã. Eu compreendi e acenei-lhe ao longe.
- Volta sempre - disse eu - E assim é todas as manhãs, desde que me lembro de sonhar.
Eu fiquei surpresa, pedi para ficar e me explicar por que me invade todas as manhãs e por que vigia os meus sonhos todas as noites. Olhou para mim, para o infinito nos meus olhos e depois perdeu-se com o olhar no vazio... Disse-me meio receosa que não me abandona nem por um minuto porque ordens superiores a impedem. Explicou-me que mora nos corações de quem sente amor, mesmo nos de quem tenta ser frio e insensível. Segundo ela, a sua tarefa não é nada fácil pois é obrigada a fazer derramar muitas lágrimas e a trazer muita angústia.
Então eu olhei-a nos olhos e sorri enquanto mil lágrimas ameaçavam percorrer too o meu rosto e disse-lhe:
- A mim não me angustias, embora me faças chorar...Permaneces no meu coração, conservando as memórias de quem nele viveu...
Ela sorriu e, furtivamente olhou para o relógio. Perguntei-lhe se tinha algum encontro marcado com destino ou o amor, mas ela abanou a cabeça negativamente...
Despediu-se dizendo que ainda tem muitos corações para invadir logo pela manhã. Eu compreendi e acenei-lhe ao longe.
- Volta sempre - disse eu - E assim é todas as manhãs, desde que me lembro de sonhar.
Sem rumo....
Sem rumo...Esta tarde sinto-me assim...É Outono e a noite tem pressa de chegar. Invade a janela do meu quarto escondendo tudo aquilo que o dia hoje me mostrou..
De onde estou consigo ouvir o sino da torre que me avisa que já passou uma hora, e outra...e outra...tudo parece estagnado, preso em resignação e inércia tudo e eu, se fizer parte de tudo.
O vento leva as folhas para longe e despe as árvores... Sim, é Outono e tudo se pintou de castanho, é tudo monótono de mais para mim.
Estou deitada na minha cama, no meu quarto, o único sítio que reclamo como meu, o território onde convivo com os meus sonhos...
Vinte e dois anos passaram por mim quase sem deixar rasto, vinte e duas Primaveras e Outonos como este também... Oiço o barulho dos carros apressados em chegar, no fundo a lugar nenhum, lembram-me a essência da minha própria vida.
Tal como eles sempre tive pressa a chegar, nunca pensei em entender com é o caminho que me leva até onde quero ir. Pensando bem o que vale na vida é a luta que travamos com o resto do mundo para podermos chamar algo de nosso.
Quando percebemos que já temos o que queremos, pelo que iremos lutar então?
Eu reclamo a paz que não tenho, o amor que me foi negado. Reclamo um sitio onde pertença, uma terra com o meu nome que não fique longe de lado nenhum.
Esqueço-me então que quanto mais luto menos paz tenho, menos conforto alcanço, menos amor recebo...Fico então longe de todos os lugares e longe de mim... É pois, esta sede de conquista que me impede de sossegar e permanecer em todos os lugares que me lembram de ti.
De onde estou consigo ouvir o sino da torre que me avisa que já passou uma hora, e outra...e outra...tudo parece estagnado, preso em resignação e inércia tudo e eu, se fizer parte de tudo.
O vento leva as folhas para longe e despe as árvores... Sim, é Outono e tudo se pintou de castanho, é tudo monótono de mais para mim.
Estou deitada na minha cama, no meu quarto, o único sítio que reclamo como meu, o território onde convivo com os meus sonhos...
Vinte e dois anos passaram por mim quase sem deixar rasto, vinte e duas Primaveras e Outonos como este também... Oiço o barulho dos carros apressados em chegar, no fundo a lugar nenhum, lembram-me a essência da minha própria vida.
Tal como eles sempre tive pressa a chegar, nunca pensei em entender com é o caminho que me leva até onde quero ir. Pensando bem o que vale na vida é a luta que travamos com o resto do mundo para podermos chamar algo de nosso.
Quando percebemos que já temos o que queremos, pelo que iremos lutar então?
Eu reclamo a paz que não tenho, o amor que me foi negado. Reclamo um sitio onde pertença, uma terra com o meu nome que não fique longe de lado nenhum.
Esqueço-me então que quanto mais luto menos paz tenho, menos conforto alcanço, menos amor recebo...Fico então longe de todos os lugares e longe de mim... É pois, esta sede de conquista que me impede de sossegar e permanecer em todos os lugares que me lembram de ti.
sábado, 9 de outubro de 2010
Que tempo é este?
Que tempo é este
Em que todos correm
Para lugar nenhum?
Em que todos choram
Por motivos esquecidos?
Em que os medos nascem
E as esperanças morrem?
Neste tempo
Somos meros peões de Xadrez
Se não meros colecionadores
De desilusões
Se o tempo não muda sozinho
Então por que continuamos parados
De olhos vendados
À espera que alguém o mude?
Se o tempo não muda
Teremos que ser nós
De punhos cerrados,
Corajosos, determinados
A dar o golpe da vitória
E se o mundo ficar igual
Pelo menos, por momentos
Fomos reis
E não peões.
Em que todos correm
Para lugar nenhum?
Em que todos choram
Por motivos esquecidos?
Em que os medos nascem
E as esperanças morrem?
Neste tempo
Somos meros peões de Xadrez
Se não meros colecionadores
De desilusões
Se o tempo não muda sozinho
Então por que continuamos parados
De olhos vendados
À espera que alguém o mude?
Se o tempo não muda
Teremos que ser nós
De punhos cerrados,
Corajosos, determinados
A dar o golpe da vitória
E se o mundo ficar igual
Pelo menos, por momentos
Fomos reis
E não peões.
Conversas com a lua
No silêncio da noite a lua observa-me o olha por mim...A lua, essa mulher vadia que se entra em todos os quartos e que espreita todos os sonhos, ela própria já conhece bem os meus...
De noite, quando acordo, oiço a lua a falar-me das suas viagens fantásticas, das suas proezas, das suas noites de amor com as estrelas...A lua fala-me de distância ...E eu? Eu falo-lhe de ti ninguém conhece os segredos que a lua guarda, se um dia quiseres saber o que ela esconde espera por ela de noite e pede que te fale de mim...
De noite, quando acordo, oiço a lua a falar-me das suas viagens fantásticas, das suas proezas, das suas noites de amor com as estrelas...A lua fala-me de distância ...E eu? Eu falo-lhe de ti ninguém conhece os segredos que a lua guarda, se um dia quiseres saber o que ela esconde espera por ela de noite e pede que te fale de mim...
sonhos...
Passo a passo
Devagar
Caminhamos
De olhos fechados
E de olhos fechados
Sinto que o mundo acaba por momentos
Sinto que ele se renova
Quando abro os meus olhos
E vejo os teus ainda fechados
Soletro frases sem sentido
E sinto o tempo voar
Como se fosse uma flecha
Uma fecha
Que atinge o sol e o apaga...
E a noite dos teus olhos
Torna-se a noite do mundo
E o mundo inteiro fecha os olhos
Porque precisa de sonhar
Assim como sonho todas as noites
Secretamente, contigo...
Devagar
Caminhamos
De olhos fechados
E de olhos fechados
Sinto que o mundo acaba por momentos
Sinto que ele se renova
Quando abro os meus olhos
E vejo os teus ainda fechados
Soletro frases sem sentido
E sinto o tempo voar
Como se fosse uma flecha
Uma fecha
Que atinge o sol e o apaga...
E a noite dos teus olhos
Torna-se a noite do mundo
E o mundo inteiro fecha os olhos
Porque precisa de sonhar
Assim como sonho todas as noites
Secretamente, contigo...
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
23:14
Acordei com a chuva a bater na minha janela, talvez estivesse a chamar-me para ir para a rua dançar como fiz tantas vezes tanto tempo atrás...A chuva que me fazia dançar hoje é apenas uma mera recordação, essa dança secreta ficou presa nas teias do tempo...
Hoje sou só eu e este pedaço de papel, o eco da música na radio e o frio da noite.
A menina que sonhava com o príncipe encantado acordou num mundo cheio de sapos de coroa mas ainda não acredita no que vê, ainda deve existir algum escondido para mim,para me fazer voltar a dançar à chuva...
As lágrimas vão caindo sem saber como ou porquê, talvez os meus olhos sintam falta de chuva, ou todos os meus sentidos sintam a falta do vento, do frio, do cheiro da terra molhada e do sabor a vida...
Sino falta de mim, sinto falta da chuva e a chuva sente a minha falta...
Hoje sou só eu e este pedaço de papel, o eco da música na radio e o frio da noite.
A menina que sonhava com o príncipe encantado acordou num mundo cheio de sapos de coroa mas ainda não acredita no que vê, ainda deve existir algum escondido para mim,para me fazer voltar a dançar à chuva...
As lágrimas vão caindo sem saber como ou porquê, talvez os meus olhos sintam falta de chuva, ou todos os meus sentidos sintam a falta do vento, do frio, do cheiro da terra molhada e do sabor a vida...
Sino falta de mim, sinto falta da chuva e a chuva sente a minha falta...
Subscrever:
Mensagens (Atom)