quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Se amanhã acordasse e soubesse que nunca mais veria um dia com sol, se adormecesse sabendo que na próxima noite que dormiria saberia que a lua que me adormeceu não passaria de uma mera recordação, não iria sentir-me mais só que agora que a tua ausência queima e consome…

Se me dissessem para viver intensamente porque este seria o meu ultimo dia de vida, não obedeceria, seria mais fácil vive-lo na mesma calma que me transmitias quando estávamos juntos, e assim voltarias a estar bem perto, mas nunca perto de mais.

Apenas uma palavra tua restituir-me-ia toda a tranquilidade perdida quando o medo do desconhecido nos invade como se fosse uma tempestade numa praia que ate aí era calma, onde crianças brincavam na areia, como os meus sonhos brincavam com todas as recordações que ainda guardo e relembro constantemente.

Quem me dera puder ter a frieza de uma faca para cortar os laços invisíveis que ainda me unem a ti, talvez cada vez mais…

Mas tu estas cada vez mais longe e mais perto, como o mar do céu, como a lua o mar, que se amam mas não se podem tocar jamais.

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